Saudável nostalgia
Minhas experiências com
relação à leitura e a escrita iniciaram-se desde cedo, na infância. Apreciava observar meu irmão mais velho ler, a forma compulsiva com a qual lia e se envolvia com as leituras. Nas refeições sempre compartilhava comentários sobre o
que lia para a toda a família e a forma como contava era muito empolgante,
tanto que eu logo iniciava a leitura da obra que ele tão bem comentava,
principalmente as da série Vagalume : "Xisto no espaço", o
"Escaravelho do diabo", "O menino de asas" e depois conversávamos
muito sobre as obras. Criávamos brincadeiras em casa, como se fossemos os
personagens dos livros. Era uma viagem incrível, improvisávamos a encenação das histórias com o que tínhamos em casa, desde a ambientação do lugar aos
trajes. Entre nós ocorria até
uma disputa sobre quem terminaria primeiro
o livro e quais personagens seríamos posteriormente em nossas encenações. A nossa
imaginação navegava por vários universos fictícios.
Com essa introdução ao
universo das letras fui tomando gosto por ler e aprimorando o hábito de
leitura. Atualmente a rotina de leitura continua prazerosa e ler significa um
distanciamento da realidade para compreender o real e viver melhor o real.
A escrita surge no momento
em que tem se a necessidade de registrar as novas interpretações sobre o mundo
originadas na leitura. É evidente que o aprimoramento da escrita como a
diferenciação dos gêneros textuais foi se constituindo com a formação escolar
que sempre foi norteada pelo desejo de deixar registrado as interpretações
pessoais, a construção da minha identidade de escrita e todo o conteúdo do
universo escolar . A escrita timbra na minha alma a principal tradutora de tudo
o que é captado subjetivamente e objetivamente sobre o mundo e as coisas.
Relato da Professora Larissa Pereira S. Santos
Lembranças
Minha experiência com a leitura e a escrita, vem desde muito cedo, na minha infância, sempre estava por perto, quando minha mãe, então professora primaria, preparava suas aulas ou corrigia trabalhos dos alunos. Normalmente com um lápis e um caderno na mão, tentava copiar ou ler as palavras dos livros e ajudar minha mãe.
Lembranças
Minha mãe é professora e antes de completar 04 anos a
acompanhava à fazenda em que ela lecionava. Lá desenvolvi o gosto pela leitura,
pois enquanto ela dava suas aulas (4 séries em uma mesma sala de aula) eu
ficava do lado de fora da classe “ralando” tijolo na parede. Ralava meus
tijolos e ouvia minha mãe ensinando... Isso me cativava e aguçava minha vontade
de ler. Em poucos meses eu já estava lendo, pois, além da escola tinha o
estímulo de meus pais. Lembro-me muito bem de um livro: O que vou ser quando crescer,
o que mais me marcou foi que sempre quis ser professora, mas também, queria ter um trailer na lua para vender
sanduíches (igual ao livro). Hoje o que
me deixa muito triste é não ter tempo de ler sem compromisso. Quando me
aposentar, com certeza, lerei tudo o que me dá prazer e terei muito tempo para
desfrutar desses momentos únicos da leitura.
Relato da Professora Luciana Peres Antonio Bonini
Recordações
Recordações
Quando
penso na leitura como experiência (na escola, na sala de aula ou fora delas),
lembro-me de momentos em que fiz comentários sobre livros ou revistas que li,
em que fiz trocas, negações, elogios ou criticas, contando mesmo. Lembro-me que
gostava de livros para meninas ,era curiosa, gostava dos meninos....E sempre
estive com pessoas leitoras, minha mãe era professora do magistério, em casa
meu assinava FOLHADE SÃO PAULO e a revista VEJA, não tinha como não ler, sempre
comentávamos, meu pai , minha mãe e minhas irmãs, as notícias e novidades locais e do
mundo.Pena que hoje eu não tenha tempo e dinheiro para fazer o mesmo em casa,
mas pretendo fazer o mesmo com a Maysa de quase 4 anos...Percebo que a
influência do meio é essencial, o imitar os pais, o fazer de contas, a
importância das família conta muito, por isso não estranho a indiferença dos
alunos quanto a leitura, eles não “carregam” toda a culpa de não ter interesse
nos estudos e afins.
MEU DEPOIMENTO...
Minha experiência com a leitura e a escrita, vem desde muito cedo, na minha infância, sempre estava por perto, quando minha mãe, então professora primaria, preparava suas aulas ou corrigia trabalhos dos alunos. Normalmente com um lápis e um caderno na mão, tentava copiar ou ler as palavras dos livros e ajudar minha mãe.
Sou a filha mais nova de três irmãs, e assim brincar com
minha lousa e giz de professora e aluna era minha diversão preferida e
rotineira.
Fui crescendo e o interesse pelos livros e cadernos
continuaram juntos, sempre muito estudiosa, ganhei certificado de melhor aluna.
Em casa, os incentivos foram muitos, através de jogos
educativos, discos de historias e coleções de livros de historias, como a serie
vaga lume.
Me formei em Letras, e com o curso o contato com a leitura,
se tornaram constantes devido as disciplinas por mim ministradas.
Hoje, com certa experiência profissional, me dedico muito aos
meus alunos, com trabalhos diferenciados, voltados para a pratica da leitura e escrita
em todas as áreas do conhecimento, afim de prepara-los para um futuro melhor.
Hoje tenho meu filho Leonardo, dedicadíssimo aos estudos e com uma facilidade
muito grande e apaixonante pela lingua estrangeira
A leitura nos envolve, contagia e nos leva ao mundo da
fantasia e imaginação, fazendo nos sonhar...
Ana Paula Tiveron Fernandes
Relatado pela professora : Helena Maria Pereira de Macedo
SAUDADES
DA MINHA INFÂNCIA
Fui alfabetizada com a cartilha Caminho
Suave, as ilustrações do formato das sílabas e palavras , atraía a minha
atenção, no entanto a minha experiência
com a leitura começou com uma professora bem diferente , minha mãe, uma pessoa
que não conhecia as letras , analfabeta sim, mas com muita vontade em ouvir e
elaborar as suas próprias histórias. Foi ela que me incentivou a ler, na sua ignorância , ela
me estimulava a ler um texto e falar sobre o assunto abordado, acredito ser quando aprendi a resumir um conto. Tudo
isso fazia com que adquirisse o gosto pela leitura.
Na adolescência, à medida que avançava
nos estudos , algo foi mudando, não gostava de ser obrigada a ler livros da
literatura clássica, como Dom Casmurro, isso me aborrecia e desanimava , devido ao vocabulário desconhecido
por mim e longe da minha realidade, porém como a maioria dos adolescentes da
minha época , tinha um diário, onde relatava as experiências pessoais e
poesias, foi quando me apaixonei pelas poesia de Vinicius de Moraes ,as quais
eram fáceis para ler e compreender.
Recomecei a ler livros com poucas
páginas e fáceis até tomar o gosto pela leitura e tornar-me novamente uma
leitora assídua. Hoje , não sigo nenhum critério para leitura ,leio o que é
indicado e prazeroso para mim.
Relatado pela professora : Helena Maria Pereira de Macedo
Olá pessoal!
ResponderExcluirBelas histórias aqui! Parabéns pelo blog.
um abraço!